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quinta-feira, 18 de março de 2010

O Educador das crianças pequenas (Friedrich Froebel)

CONGREGAÇÃO DE SANTA DOROTÉIA DO BRASIL
FACULDADE FRASSINETTI DO RECIFE - FAFIRE
CURSO DE PEDAGOGIA ANO/SEM: 2010.1 TURMA A/I
DISCIPLINA:HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
ALUNAS: ÁUREA MEDEIROS, BRUNA CARLA, FLÁVIA FERNANDA, GLAUCIA NEVES E JARIANA BADARANE


Tema:
 
Friedrich Froebel - O formador das crianças pequenas.
O criador dos jardins-de-infância defendia um ensino sem obrigações porque o aprendizado depende dos interesses de cada um e se faz por meio da prática.



O ser humano é essencialmente dinâmico e produtivo, e não meramente receptivo.
O homem é uma força auto-geradora e não uma esponja que absorve conhecimento do exterior.

Alemão Friedrich Froebel (1782-1852) foi um dos primeiros educadores a considerar o início da infância como uma fase de importância decisiva na formação das pessoas – idéia hoje consagrada pela psicologia, ciência da qual foi precursor. Froebel viveu em uma época de mudança de concepções sobre as crianças (leia quadro na página 49) e esteve à frente desse processo na área pedagógica, como fundador dos jardins-de-infância, destinado aos menores de 8 anos. O nome reflete um princípio que Froebel compartilhava com outros pensadores de seu tempo: o de que a criança é como uma planta em sua fase de formação, exigindo cuidados periódicos para que cresça de maneira saudável. "Ele procurava na infância o elo que igualaria todos os homens, sua essência boa e divina ainda não corrompida pelo convívio social", diz Alessandra Arce, professora da Universidade Federal de São Carlos.



As técnicas utilizadas até hoje em Educação Infantil devem muito a Froebel. Para ele, as brincadeiras são o primeiro recurso no caminho da aprendizagem. Não são apenas diversão, mas um modo de criar representações do mundo concreto com a finalidade de entendê-lo. Com base na observação das atividades dos pequenos com jogos e brinquedos, Froebel foi um dos primeiros pedagogos a falar em auto-educação, um conceito que só se difundiria no início do século 20, graças ao movimento da Escola Nova, de Maria Montessori (1870-1952) e Célestin Freinet (1896-1966), entre outros.




Crianças de um jardim-de-infância brasileiro: brincadeiras para desenvolver a criatividade.
Foto: Masao Goto
Treino de habilidades


Por meio de brinquedos que desenvolveu, depois de analisar crianças de diferentes idades, Froebel previu uma educação que ao mesmo tempo permite o treino de habilidades que elas já possuem e o surgimento de novas. Dessa forma seria possível aos alunos exteriorizar seu mundo interno e interiorizar as novidades vindas de fora – um dos fundamentos do aprendizado, segundo o pensador.

Brinquedos criados para aprender:


FilhoFroebel considerava a Educação Infantil indispensável para a formação da criança – e essa idéia foi aceita por grande parte dos teóricos da educação que vieram depois dele. O objetivo das atividades nos jardins-de-infância era possibilitar brincadeiras criativas. As atividades e o material escolar eram determinados de antemão, para oferecer o máximo de oportunidades de tirar proveito educativo da atividade lúdica. Froebel desenhou círculos, esferas, cubos e outros objetos que tinham por objetivo estimular o aprendizado. Eles eram feitos de material macio e manipulável, geralmente com partes desmontáveis. As brincadeiras eram acompanhadas de músicas, versos e dança. Os objetos criados por Froebel eram chamados de "dons" ou "presentes" e havia regras para usá-los, que precisariam ser dominadas para garantir o aproveitamento pedagógico. As brincadeiras previstas por Froebel eram, quase sempre, ao ar livre para que a turma interagisse com o ambiente. "Todos os jogos que envolviam os ‘dons’ começavam com as pessoas formando círculos, movendo-se e cantando, pois assim conseguiam atingir a perfeita unidade", diz Alessandra Arce. Para Froebel, era importante acostumar as crianças aos trabalhos manuais. A atividade dos sentidos e do corpo despertariam o germe do trabalho, que, segundo o educador alemão, seria uma imitação da criação do universo por Deus.


Ao mesmo tempo que pensou sobre a prática escolar, ele se dedicou a criar um sistema filosófico que lhe desse sustentação. Para Froebel, a natureza era a manifestação de Deus no mundo terreno e expressava a unidade de todas as coisas. Da totalidade em Deus decorria uma lei da convivência dos contrários. Isso tudo levava ao princípio de que a educação deveria trabalhar os conceitos de unidade e harmonia, pelos quais as crianças alcançariam a própria identidade e sua ligação com o eterno. A importância do autoconhecimento não se limitava à esfera individual, mas seria ainda um meio de tornar melhor a vida em sociedade.



Além do misticismo e da unidade, a natureza continha, de acordo com Froebel, um sistema de símbolos conferido por Deus. Era necessário desvendar tais símbolos para conhecer o que é o espírito divino e como ele se manifesta no mundo. A criança, segundo o educador, trazia em si a semente divina de tudo o que há de melhor no ser humano. Cabia à educação desenvolver esse germe e não deixar que se perdesse.


Educação espontânea:

O caminho para isso seria deixar a criança livre para expressar seu interior e perseguir seus interesses. Froebel adotava, assim, a idéia contemporânea do "aprender a aprender". Para ele, a educação se desenvolve espontaneamente. Quanto mais ativa é a mente da criança, mais ela é receptiva a novos conhecimentos.

O ponto de partida do ensino seriam os sentidos e o contato que eles criam com o mundo. Portanto, a educação teria como fundamento a percepção, da maneira como ela ocorre naturalmente nos pequenos. Isso não quer dizer que ele descartasse totalmente o ensino diretivo, visto como um recurso legítimo caso o aluno não apresentasse o desenvolvimento esperado. De modo geral, no entanto, a pedagogia de Froebel pode ser considerada como defensora da liberdade.
O educador acreditava que as crianças trazem consigo uma metodologia natural que as leva a aprender de acordo com seus interesses e por meio de atividade prática. Ele combatia o excesso de abstração da educação de seu tempo, argumentando que ele afastava os alunos do aprendizado. Na primeira infância, dizia, o importante é trabalhar a percepção e a aquisição da linguagem. No período propriamente escolar, seria a vez de trabalhar religião, ciências naturais, matemática, linguagem e artes.



Froebel defendia a educação sem imposições às crianças porque, segundo sua teoria, elas passam por diferentes estágios de capacidade de aprendizado, com características específicas, antecipando as idéias do suíço Jean Piaget (1896-1980). Froebel detectou três estágios: primeira infância, infância e idade escolar. "Em seus escritos, ele demonstra como a brincadeira e a fala, observadas pelo adulto, permitem apreender o nível de desenvolvimento e a forma de relacionamento infantil com o mundo exterior", diz Alessandra Arce.


Froebel não fez a separação entre religião e ensino, consagrada atualmente, mas via a educação como uma atividade em que escola e família caminham juntas, outra característica que o aproxima da prática contemporânea.




Retrato da família de Maximiliano I, da
Áustria, do século 15: crianças com feições
de adultos. Foto: Hulton/Getty Images

Duas tendências históricas são essenciais para a compreensão da obra de Froebel. Uma é a valorização da infância – que passou, entre os séculos 18 e 19, a ser encarada como uma fase da vida com particularidades bem marcantes e com duração longa (é dessa época também o surgimento do conceito de adolescência). Havia pouco tempo, era comum meninos europeus de 7 anos entrarem para as Forças Armadas. Cerca de um século antes do nascimento de Froebel, tamanha era a mortalidade infantil que a infância não passava de um período de "teste" para candidatos a adultos. Na Idade Média, segundo o historiador francês Philippe Ariès, a idéia de infância simplesmente não existia: as crianças eram adultos à espera de adquirir a estatura "normal". Outra tendência histórica marcante do período em que Froebel viveu foi o individualismo burguês, simbolizado pela figura de Napoleão, que encarnava o ideal do homem que se fez sozinho e se tornou imperador da França.


Para pensar:

Froebel chegou a suas conclusões sobre a psicologia infantil observando as brincadeiras e os jogos das crianças. Diante das atividades espontâneas de seus alunos, você já pensou que tem a oportunidade de entender a psicologia de cada um e também de depreender algumas características da faixa etária a que eles pertencem?


Biografia:


Filho de um pastor protestante, Friedrich Froebel nasceu em Oberweissbach, no sudeste da Alemanha, em 1782. Nove meses depois de seu nascimento, sua mãe morreu. Adotado por um tio, viveu uma infância solitária, em que se empenhou em aprender matemática e linguagem e a explorar as florestas perto de onde morava. Após cursar informalmente algumas matérias na Universidade de Jena, tornouse professor e ainda jovem fez uma visita à escola do pedagogo Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827), em Yverdon, na Suíça. Em 1811, foi convocado a lutar nas guerras napoleônicas. Fundou sua primeira escola em 1816, na cidade alemã de Griesheim. Dois anos depois, a escola foi transferida para Keilhau, onde Froebel pôs em prática suas teorias pedagógicas. Em 1826, publicou seu livro mais importante, A Educação do Homem. Em seguida, foi morar na Suíça, onde treinou professores e dirigiu um orfanato. Todas essas experiências serviram de inspiração para que ele fundasse o primeiro jardim-de-infância, na cidade alemã de Blankenburg. Paralelamente, administrou uma gráfica que imprimiu instruções de brincadeiras e canções para serem aplicadas em escolas e em casa. Em 1851, confundindo Froebel com um sobrinho esquerdista, o governo da Prússia proibiu as atividades dos jardins-de-infância. O educador morreu no ano seguinte, mas o banimento só foi suspenso em 1860, oito anos mais tarde. Os jardins-de-infância rapidamente se espalharam pela Europa e nos Estados Unidos, onde foram incorporados aos preceitos educacionais do filósofo John Dewey (1859-1952).



Quer saber mais?


A Educação do Homem, Friedrich Froebel, 238 págs., Ed. UPF,
50 Grandes Educadores: de Confúcio a Dewey, Joy A. Palmer, 308 págs., Ed. Contexto,
Friedrich Froebel: o Pedagogo dos Jardins-de-Infância, Alessandra Arce, 120 págs., Ed. Vozes,  
História Social da Criança e da Família, Philippe Ariès, 280 págs., Ed. LTC,

Fonte: Revista Nova Escola- Edição Especial GRANDES PENSADORES
http://revistaescola.abril.com.br/edicoes-especiais/022.shtml




A grande tarefa da educação consiste em ajudar o homem a conhecer a si próprio, a viver em paz com a natureza e em união com Deus. É o que ele chamou de educação integral.


Principais concepções educacionais:


  •  A educação deve basear-se na evolução natural das atividades da criança.

  •  O objetivo do ensino é sempre extrair mais do homem do que colocar mais e mais dentro dele.

  •  A criança não deve ser iniciada em nenhum novo assunto enquanto não estiver madura para ele.

  •  O verdadeiro desenvolvimento advém de atividades espontâneas.

  •  Na educação inicial da criança o brinquedo é um processo essencial.

  •  Os currículos das escolas devem basear-se nas atividades e interesses de cada fase da vida da criança.
Em toda sua metodologia, Fröebel deixa claro que é por meio da arte – canto, poesia, desenho, pintura, escultura – que o homem, desde a mais tenra idade tenta expressar-se. Sendo assim, ele faz parte de todas as culturas, devendo ser cultivada, pois a criança ao chegar à maturidade, mesmo não sendo um artista, poderá ser um contemplador da arte e do belo.



Reflexão Bíblica:


A criança, segundo o educador, trazia em si a semente divina de tudo o que há de melhor no ser humano. Cabia à educação desenvolver esse germe e não deixar que se perdesse.

  • Jesus, porém, chamando-as para si, disse: Deixai vir a mim as crianças, e não as impeçais, porque de tais é o reino de Deus.( Lucas 18:16).
Pensamento: O amor de Jesus pelas crianças numa época quando elas não eram muito valorizadas é um poderoso lembrete. É um lembrete do amor de Deus pelo que o mundo geralmente trata mal ou abandona. Nós somos chamados para amar os não amados, os esquecidos, os maltratados e negligenciados. Por que? Porque é isto que Israel era no Egito, e é isto que Jesus foi no Calvário, e é assim que éramos sem a graça (Romanos 5:6-11). Como podemos dizer que conhecemos salvação e não compartilhar isto com outros que precisam desta graça!? Como podemos dizer que somos discípulos de Jesus e não mostrar amor por aqueles que o mundo esquece?


Oração: Pai, eu quero ser um educador como o Senhor – um educador santo e amoroso para com os meus próprios filhos e alunos, e um pai brando para os filhos esquecidos dos dias de hoje. Ajude-me a não só ser despertado para a negligência e abuso que crianças sofrem no meu mundo, mas a ser movido a agir de tal modo que as abençoe. No nome de Jesus, o que tem grande amor por todas as crianças, eu oro. Amém.


Fonte:
http://www.iluminalma.com.br/
E adaptado por Áurea Medeiros


 
Século XXI:




 E o que diria Froebel com o avanço da tecnologia?
Hoje as crianças tem aula de Lego e Robótica.Nós educadores precisamos acompanhar nossos alunos e jamais esquecer da teoria De Froebel.

Que o seu "Jardim" seja sempre bem cultivado por você...


Porque Deus nos manda novas sementes todos os dias...



É por isso que decidir ser : Educador.



  1. A escola antes de Froebel              

  2. O Educador das crianças pequenas

  3. Treinando habilidades                     

  4. Educação espontânea                     

  5. Brinquedos criados para aprender   


RECIFE
2010

4 comentários:

DONA DE CASA TRABALHA SIM disse...

Oi Amiga, aceito com maior prazer, qurida, é uma honra!!!
Nossa,fiquei feliz.
Bjs e sucesso....

Andréa Lima Knop disse...

olá!!!sou aluna do 2°período de Pedagogia da UFJF e gostaria de saber se você tem alguma tipo de atividade, brincadeira que seja da pedagogia de Célestin Freinet. Estou fazendo um trabalho e o seu blog me chamou a atenção pelos conteúdos.Você poderá me ajudar?já agradeço e parabéns pelo blog!!!
Helen (tahelen18@hotmail.com)

A Arte de Contar e encantar na Educação Infantil disse...

Ola querida obrigada pela visita amei o seu blog e vou te seguir...Áurea gostei muitoo desse post será que posso levá lo comigo pro meu blog? é claro que darei os devidos créditos a Tia Áurea, irei amarrrrr caso aceite. Se puder deixe um recadinho na minha página ok? Aceite um selinho do blog é só pegar tá!
Beijinhos cheios de Contos e Encantos

Unknown disse...

estou precisando fazer um trabalho sobre Froebel vidas teorias e objeto de estudo.como vou fazer isso/

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